Nesse pequeno resumo pretendemos descrever os procedimentos da guarnição de combate a incêndio no trem de socorro e no combate ao incêndio. Temos diversos protocolos, mas nenhum voltado para a realidade local, portanto, vamos colocar de forma sucinta e objetiva o comportamento que deve ter a guarnição do acionamento ao retorno
1. Aviso: esse é o momento que a guarnição toma conhecimento do evento, nessa ocasião a guarnição deve se postar na viatura e esperar as instruções do comandante. O motorista de imediato deve ligar a viatura e seus dispositivos e esperar o sinal do comandante para deslocar ao local do sinistro.
2. Deslocamento: esse é o primeiro momento crítico, aqui o motorista deve tomar todos os cuidados possíveis para evitar acidentes, para isso deve conhecer as ruas e avenidas da cidade, assim como evitar desrespeitar a sinalização de trânsito, porém quando o fizer deve ter certeza que os outros veículos estão parados, assim estará mantendo a integridade física da guarnição, e garantindo a chegada ao local do evento.
3. Chegada ao local: o motorista com a orientação do comandante deve procurar o lugar mais adequando para fazer o estacionamento da viatura, e a guarnição deve esperar a ordem do comandante para descer da viatura, sempre orientado os bombeiros componentes da viatura de combate devem executar somente o que o oficial chefe do socorro ou o comandante da viatura mandar, nunca deve tomar iniciativas isoladas.
4. Combate ao Sinistro: Nesse momento o comandante deve ordenar a armação das respectivas linhas de combate, e orientar os chefes de linhas onde devem atacar, assim como ordenar, se necessário à entrada de duplas de bombeiros ao local sinistrado, porém sempre protegidos pelos devidos EPIS.
5. Regaste de possíveis vítimas: é o momento que o bombeiro deve manter a calma, deve agir conforme as técnicas de salvamento, porém este procedimento deve ser executado prioritariamente pelo pessoal de salvamento (ABS), os componentes da guarnição de incêndio apenas devem fazer a proteção dos resgateiros de possíveis acidentes provocado pelas chamas ou desabamento.
6. Rescaldo: nesse momento o incêndio já está sobre controle, e a guarnição irá remover o entulho em busca de possíveis fontes de ignição do fogo, é um momento de muito cuidado, já que todo um trabalho pode ser perdido em função de um rescaldo mal feito, é um trabalho de força e paciência, e deve ser monitorado pelo comandante da guarnição.
7. Recolhimento do Material operacional: após todo o trabalho de rescaldo, é hora de fazer o recolhimento do material, agora o comandante orientará todos os chefes de linhas, assim como os auxiliares para o recolhimento e acondicionamento do material utilizado no evento, ressaltando que os materiais que estiverem sem condições de serem usados em outra possível ocorrência devem ser passados para o comandante, e os que dependerem de limpeza prévia devem ser limpos assim que chegarem ao quartel e colocados em local para secagem.
8. Retorno: Nesse momento todo o material está na viatura, e a guarnição deve ser observada pelo comandante para saber se estão todos bem, e se não há nenhuma ausência. O motorista agora deve retorna em velocidade moderada e respeitando todas as regras de trânsito. A chegada ao Quartel culmina com o fim da ocorrência, agora a guarnição será reunida pelo comandante para analisar as condições das ocorrências, e possíveis avarias nos materiais e se há lesões em membros da guarnição, para depois disso serem tomadas as providências administrativas legais.
Obs.: Os procedimentos acima foram produzidos de acordo com o conhecimento prático, portanto, não estão vinculados a nenhum manual de combate a incêndio, seja do Brasil, ou do exterior. Trata-se apenas de procedimentos operacionais vividos em ocorrência pretéritas.
Produzido e editado pelo 2º SGT BM Errinelson Vieira Pimentel
Macapá-AP, 30 de julho de 2008.